31 de ago. de 2010

Fidel assume culpa por Homofobia

Em Cuba, até pouco tempo,  gays eram presos, enviados para prisões, torturados, aos moldes dos campos de concentração. Para quem quiser um bom relato do que foi a perseguição do governo de Cuba aos homossexuais, vale a pena a leitura do livro “ Antes que anoiteça” de Reynaldo Arenas.

Bem, agora Fidel assume sua culpa e se compromete em mudar, antes tarde do que nunca…

31/08/2010 - 13h38

Fidel assume culpa pela onda homofóbica em Cuba há 50 anos

HAVANA (Reuters) - O ex-presidente cubano Fidel Castro assumiu a culpa pela onda homofóbica empreendida por seu governo há quase cinco décadas, quando marginalizou os homossexuais e os enviou a campos de trabalho agrícolas forçados, acusando-os de serem "contrarrevolucionários", disse ele ao jornal mexicano La Jornada.
Fidel afirmou na segunda parte de uma entrevista publicada nesta terça-feira que é o principal responsável pela perseguição aos homossexuais na ilha há 50 anos e lamentou não ter corrigido essa falha por estar envolvido na defesa do país.
"Sim, foram momentos de grande injustiça, uma grande injustiça! Fomos nós que fizemos, fomos nós... Estou tentando diminuir minha responsabilidade em tudo isso, porque, pessoalmente, eu não tenho esse tipo de preconceito", acrescentou.
"Escapar da CIA, que comprava tantos traidores, às vezes entre pessoas próximas, não era coisa fácil. Mas, no fim, de todas as formas, se tem que assumir a responsabilidade, assumo a minha. Não vou jogar a culpa nos outros", afirmou.
Fidel, que acaba de completar 84 anos, reapareceu em público no começo de julho, após quatro anos de reclusão recuperando-se de uma doença.
Na segunda-feira, ele tinha dito, na primeira parte da entrevista ao La Jornada, que chegou a perder a vontade de viver, mas que hoje se sente ressuscitado e com muito por fazer.
O líder cubano nunca revelou qual foi a doença intestinal que o obrigou a transferir o poder a seu irmão Raúl em 31 de julho de 2006 e que classificou, no passado, como um segredo de Estado.
"Pense você em como eram os nossos dias nos primeiros meses da revolução: a guerra com os ianques, a questão das armas e, quase simultaneamente a eles, os planos de atentado contra minha pessoa", afirmou. Mas ele reiterou: "Se alguém é responsável, sou eu", disse, sobre o preconceito aos homossexuais.
Desde a década de 1990, o homossexualismo vem sendo mais tolerado na ilha, inclusive por militantes do Partido Comunista, ainda que os homossexuais não tenham parado completamente de receber o assédio da polícia.
A psicóloga cubana Mariela Castro Espín, filha do presidente Raúl Castro, converteu-se em uma defensora das minorias sexuais, promovendo, nos últimos anos, cirurgias de mudança de sexo e o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo.
"Estou preparando uma carta para a direção do PCC (Partido Comunista de Cuba), onde estou solicitando que essas pessoas (homossexuais) não sejam discriminadas pela sua orientação sexual ou orientação de gênero", afirmou Mariela em declarações à imprensa nos últimos meses.
(Reportagem de Nelson Acosta)

Sua mãe é homofóbica?

Gente, gostei muito deste texto. É dificil crescer de maneira sadia com o permanente sentimento de rejeição, por aquilo que sabemos, normalmente bem cedo, que somos.
Mas gente, vocês não acham Sarajane o máximo !?

Leve sua mãe homofóbica na conversa, mas fuja do colo e da tortura

SÉRGIO RIPARDO
da Livraria da Folha
Acervo do Masp
"A Virgem Amamentando o Menino e São João Batista Criança em Adoração" (1500-1520), tela do italiano Giampietrino que compõe o acervo do Masp
"A Virgem Amamentando o Menino e São João Batista Criança em Adoração" (1500-1520), tela do italiano Giampietrino
"Eu deveria ter colocado veneno de rato na tua mamadeira", sussurrou a mãe ao ver o filho pequeno se requebrando ao som do hit da cantora Sarajane nos anos 80 ("Vamos abrir a roda, enlarguecer, está ficando apertadinha, por favor, abre a rodinha, por favor"), diante dos amigos da família, na festa de aniversário do marido.
A homofobia materna cria monstros de insegurança, adultos deprimidos, carentes, ansiosos, sempre em alerta constante e desconfiados sobre sua capacidade de amar e ser amado, à espera de mais uma experiência de rejeição. Ninguém quer sofrer uma nova sensação de abandono.
Para gays e lésbicas, fugir da figura materna impiedosa e autoritária é uma das saídas para evitar essa dor provocada pelo desajuste, pelas cobranças para seguir o script hétero e abortar o desejo por alguém do mesmo sexo. Mas como largar alguém que nos colocou no mundo e amamentou? Como cortar laços afetivos tão viscerais?
É preciso tentar. Em nome da sua sobrevivência e da sanidade mental. Não permita que sua mãe destrua sua autoestima nem use da chantagem emocional para "enquadrar" sua orientação sexual. Ela não tem esse direito. Lute contra a tirania de quem balançou seu berço. Ela pode nunca aceitar sua homossexualidade, mas com jeitinho é possível conviver, respeitar e dividir bons momentos com aquela que deu o primeiro sopro de vida.
1- Não sou um óvulo estragado
Não é preciso brincar de boneca nem vestir roupas femininas para que sua mãe perceba que você é "diferente". Mais cedo ou mais tarde, antes mesmo que você ou alguém fale com todas as letras, ela saberá primeiro ou desconfiará. A primeira reação materna será guiada pelo o que se aprendeu no meio social: "gay é um óvulo estragado que insistiu em nascer". Ela se sentirá frustrada, tentará esquecer ou fará tudo para esconder do mundo (principalmente do marido) esse "fracasso genético". Depois tentará consertar, punir ou torturar o objeto de vergonha. Para perdoá-la, lembre-se sempre: sua santa mãezinha é humana (imperfeita e egoísta).
2- Vale pelo aluguel barato
Você nasce devendo nove meses de aluguel a sua mãe. Ela cobrará essa dívida e sempre tentará segurá-lo debaixo de suas asas. Quanto mais cedo você conseguir independência financeira, melhor, pois assim terá condições seguras de sair de casa e reduzir conflitos com seus pais sobre sua homossexualidade. Isso caso você queira viver sua orientação sexual às claras, sem dar satisfações a ninguém nem ouvir intervenções dos outros. Mas é bom ter em mente: morar com a família ainda tem suas vantagens práticas. É o aluguel mais barato da praça, sem necessidade de fiador, ideal para economizar e viabilizar aquele cruzeiro gay dos seus sonhos.
3- Mãe é mãe, vaca é vaca
O cineasta espanhol Pedro Almodóvar foi muito feliz ao expor a histeria feminina. As mães são exageradas e absurdas. Os hormônios enlouquecem as mulheres. Com depressão pós-parto, uma mãe pode estrangular seu filho com uma fralda. Uma viciada pode deixar o rebento morrer de fome ou de coisa pior. Lembra do bebê de "Trainspotting" (Danny Boyle,1996)? Quando criança, nunca sabemos o que se passa na cabeça delas, como anda seu casamento ou as circunstâncias da concepção. Héteros adoram gravidez indesejável, um filho para salvar casamento. Não vista a carapuça de que você, por ser gay, é o grande problema. Releve as maldades de uma mãe dramática e vingativa.
4- Química funciona para todos
Não demore a procurar ajuda especializada para lidar com a homofobia materna. Se ela acha que um psiquiatra vai "curar" sua homossexualidade, aproveite essa despesa médica e vire a questão pelo avesso: "Doutor, preciso conviver com esse tipo de mãe ou serei um adulto traumatizado. O senhor não poderia receitar algum tranquilizante ou antidepressivo para ela ou para mim?" Se já é adulto, fique atento ao difícil processo de envelhecimento materno, como sinais de solidão, viuvez, falta de lazer, abandono. Cuide dela (faça ginástica, mamãe), mesmo que ainda haja mágoa pela educação opressora. Peso na consciência de filho faz mal à pele.
5- Grite independência ou morte
Se você não suporta a repressão materna por causa da homossexualidade, trate de decretar logo sua autonomia emocional e refaça sua base afetiva com amigos, sem mentiras nem pressões descabidas. Não perca tempo. Não deixe para fazer isso depois dos 30. Nos primeiros anos, você sentirá falta do colo, dos mimos e todo o carinho que só as mães sabem oferecer. Mas há o outro lado, o preço que elas cobram por isso: obediência cega a tudo que pregam. Ao virar homem de verdade, evite promessas de que nunca a abandonará, que sempre estará ao seu lado. Você agora tem sua própria vida, não ceda ao chororô, não volte com o rabo entre as pernas.
6- Doutrine aos poucos, até a exaustão
Por mais desgastante que seja, você terá de ensinar sua mãe a respeitá-lo. Não acontece do dia para noite, mas ela precisa sair das trevas da ignorância e se atualizar um pouco sobre o mundo. No primeiro momento, ela rejeitará essa iniciativa, pois foi programada à ideia de que "filho sabe menos". Mas não desista e martele na cabeça dela notícias sobre a tolerância da homossexualidade em outras áreas. Mostre filmes, livros, revistas, panfletos. Aponte exemplos de mães que convivem com gays. Tente argumentar sem impor nem provocar. Não force a barra com visitas de namorados antes do tempo. Não espere mudanças no curto prazo, busque aliados na família.
7- Até coração materno tem substituto
Quer conhecer realmente alguém? Comece pela mãe. O mimetismo costuma ser surpreendente. Passamos a vida toda à procura de um substituto para nossas mães. Nem percebemos quando a imitamos, seja em suas reações, acertos ou erros. Mesmo quem nunca teve uma mãe biológica acaba se atormentando com essa lacuna ou elegendo uma figura feminina para genitora simbólica, como as divas. Tentamos ser sempre um clone daquilo que admiramos. E o mundo seria realmente lindo se esse amor fosse mútuo, com respeito às diferenças. Quando não é assim, só nos resta superar o passado, sobreviver e se apegar ao futuro. Aos gatos e cachorros, aquele amor incondicional que um dia esperamos de nossas genitoras.
Divulgação
Por causa de homem, um mãe pode até matar seus filhos, mostra "Medeia"
Por causa de homem, mãe pode até matar seus filhos, mostra "Medeia"
"Mãe" de Pasolini
"Medeia", filme de Pasolini com Maria Callas no papel principal, já tem mais de 40 anos. Com pouquíssimos diálogos, o filme exige um conhecimento mínimo sobre a tragédia de Eurípedes para que se entenda o que está passando. Pasolini enxuga bastante as histórias sobre essa mitologia, e a primeira parte do filme é arrastada, pedra sobre pedra, sombra e luz, criando a tensão, pontilhando as referências da tragédia grega. Pasolini usa e abusa de exibir os corpos do elenco masculino, a fotografia é genial com muitas panorâmicas, e a música mete medo.
Medeia é uma espécie de feiticeira, se apaixona loucamente por Jasão, que está interessado em conseguir um carneiro mágico, o velocino de ouro, em troca da promessa de se tornar rei. Medeia o ajuda a roubar o velocino e foge com ele. Mas Jasão acaba largando Medeia, pois ela é considerada uma bruxa, uma primitiva, uma bárbara, e topa se casar com uma princesa. Mordida pela traição e expulsa do reino, Medeia prepara sua vingança. E aqui surge uma amarga lição: nunca aceite presentes de inimigos, não existe perdão a uma traição, uma mágoa sempre vira ódio. Medeia dá vestidos e joias de presente de casamento para a noiva de Jasão, mas tudo está envenenado, a princesa fica "colocada" (grogue) e se mata.
Puta da vida, Medeia leva sua vingança às últimas consequências, matando "friamente" os filhos pequenos que teve com Jasão. É a última chance de Maria Callas, em sua única atuação no cinema, provar que só ela mereceria este papel, sempre cobiçado no teatro. Não há excessos esperados de uma diva da ópera. E se realmente fosse possível viajar pelo tempo escolheria testemunhar este momento da filmagem de Medeia, o seu grito final para um Jasão impotente e desesperado com a morte da noiva e dos filhos: "É inútil. Nada mais é possível".

29 de ago. de 2010

Parada Gay de Campos dos Goytacazes e Paparazzi Mix!

flyer parada
Logo depois do feridado, a parada do orgulho gay de Campos!
É isso aí Galera, é momento de comemoração, de visibilidade e de conscientização!
Essa é a parada! Mas pra esquentar e começar bem o feriadão, antes tem aquela festinha BÁSICA !
paparazi

25 de ago. de 2010

Supremo Tribunal Federal favorece adoção por casais Gays

É isso aí, Justiça friendly em todas as instâncias!

STF nega recurso e favorece adoção por casal gay no Paraná

Do UOL Notícias
Em São Paulo
Meses depois da decisão histórica do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que reconhecia o direito à adoção de crianças por um casal gay, o STF (Supremo Tribunal Federal) também decidiu a favor de casais homossexuais.
Leia também
O Supremo Tribunal Federal garantiu o direito de um casal gay do Paraná a adotar uma criança, negando recurso do Ministério Público do Estado, que visava impedir que Toni Reis e David Harrad pudessem adotar filhos em conjunto.
O Tribunal de Justiça do Paraná havia determinado que a “limitação quanto ao sexo e à idade dos adotandos em razão da orientação sexual dos adotantes é inadmissível" em 11 de março de 2009. Já o Ministério Público do Paraná entrou com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal, alegando a violação do artigo 226 da Constituição Federal e a impossibilidade de configuração de união estável entre pessoas do mesmo sexo.
O Supremo Tribunal Federal negou o recurso do Ministério Público paranaense, com base na argumentação do ministro Marco Aurélio, de que a questão debatida pelo Tribunal de Justiça do Paraná foi a restrição quanto ao sexo e à idade das crianças, e não a natureza da relação entre Toni e David, que já convivem maritalmente há 20 anos. Segundo o ministro, o recurso estava em “flagrante descompasso” com a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná.
Com a decisão do Supremo, volta a valer a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, de que o casal pode adotar em conjunto, e sem restrição quanto ao sexo ou à idade das crianças.
“Sinto orgulho de o STF ter respeitado os artigos 3º e 5º da Constituição Federal, que afirmam que não haverá discriminação no Brasil e que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, disse, em nota, Toni Reis, que é presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Já David se disse “emocionado depois de cinco anos de espera". "Agora vou realizar meu sonho de exercer a paternidade e ser feliz ao lado do meu marido e nossos filhos”, acrescentou.
A decisão do STF foi proferida no dia 16 de agosto, mas só foi publicada no Diário do Supremo Tribunal Federal no dia 24. O relator do caso foi o ministro Marco Aurélio.
Histórico Em abril de 2010, a 4ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) reconheceu, por unanimidade, que casais formados por homossexuais têm o direito de adotar filhos. A Turma, formada por cinco ministros, analisou um caso de duas mulheres que tiveram o direito de adoção reconhecido pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul. O Ministério Público do Estado, porém, recorreu ao STJ, que negou o pedido do MP ao entender que em casos do tipo é a vontade da criança que deve ser respeitada.
A decisão do STJ em abril permitiu que o casal formado pela psicóloga Luciana Reis Maidana e a fisioterapeuta Lídia Brignol Guterres adotassem duas crianças.

23 de ago. de 2010

Gays na boca do povo!

Da revista Época
Redes sociais popularizam novo dicionário gay
Graças aos blogs e às redes sociais, as expressões GLS entraram no vocabulário dos héteros
DANIELA CORNACHIONE
Chris Pizzello/AP
INSPIRADORA
A cantora Lady Gaga. Ela virou uma das expressões mais populares do novo vocabulário GLS
A cantora americana Stefani Joanne Angelina Germanotta já virou sensação pop, escândalo, símbolo de bizarrice e diva gay. Agora, Lady Gaga também é uma expressão popular. O grito “Uh, Lady Gaga!” não tem significado preciso. É uma interjeição usada para fazer humor. Também é um dos símbolos de um novo vocabulário que saiu do mundo dos gays, das lésbicas e simpatizantes e se disseminou entre os falantes em geral. As gírias se espalharam pela internet, por blogs e redes sociais. A TV também contribuiu, com programas de humor e reality shows. Por esses canais, expressões antes restritas à comunidade gay estão ficando populares entre os héteros. E novas gírias são inventadas. “Dois anos atrás, as pessoas imitavam mais o jeito gay por humor. Hoje estão usando as expressões”, diz Thiago Pereira, de 28 anos, estudante de biblioteconomia, um hétero que convive com amigos gays.
As gírias que se espalham pela internet podem ter sido popularizadas por blogs, redes sociais e também pela televisão. A personagem Katylene, criada por Daniel Carvalho, é uma das responsáveis por disseminar o vocabulário gay na rede. Seu perfil no Twitter tem quase 40 mil seguidores. No blog de Katylene quase todas as palavras são escritas de jeito diferente. Na televisão, dois participantes do reality show Big Brother 10 eram gays. Um deles, o maquiador Dicésar, popularizou o “adogo!” (versão de “adoro”). Dois humoristas do programa Pânico na TV!imitam gente como Dicésar. As expressões “aloka” e “Uh, Lady Gaga!” ficaram famosas por causa deles.
O impacto dessas novas expressões na língua portuguesa mudou. Antes, sem a grande força da internet, a maior parte das brincadeiras se limitava à fala. A linguagem popular sempre foi fluida, sujeita a modismos, que podem ser geograficamente localizados e desaparecer com o tempo. A internet mudou isso. As expressões são registradas nos blogs e nas redes sociais. Isso tem duas consequências. A primeira é o registro escrito no jeito de falar. São maneiras diferentes de escrever as palavras, simulando um jeito de falar afetado, entendido como gay. O segundo efeito da internet é dar permanência às novas expressões. Com o registro na rede, há chance de essas palavras virarem mais do que uma moda passageira. Algumas expressões podem se incorporar de forma mais definitiva ao vocabulário geral dos brasileiros. Uh, Lady Gaga!
  Divulgação
Fonte

16 de ago. de 2010

Bafão! Eleição no Motel !

Pára tudo! Como assim ?
E Podche isso!? Eu xuro pra vocês que se um cafucú desses vier fazer um corpo-a-corpo comigo eu Dou!
Meu voto, é claro!
Mas gente, onde é isso vai parar !? Alguém me explica faz favor!

15 de ago. de 2010

Ator Gay será Pai !

Famosidades, Atualizado: 15/8/2010 20:00

Ator gay Neil Patrick Harris será pai de gêmeos

FAMOSIDADES
Divulgação
FAMOSIDADES
Por FAMOSIDADES
SÃO PAULO - Neil Patrick Harris, ator gay conhecido por sua atuação na série "How I Met Your Mother", revelou que ele e seu companheiro, David Burtka, serão pais. A novidade foi dada através do Twitter de Harris.
"Peguem essa: David e eu estamos esperando gêmeos para este outono", postou ele. "Nós estamos muito animados/nervosos/empolgados. Esperamos que a imprensa possa respeitar nossa privacidade”, pediu.
Segundo informações do site “E! Online”, o casal terá as duas crianças por meio de uma barriga de aluguel.
Acompanhe o Famosidades no Twitter: http://twitter.com/Famosidades

11 de ago. de 2010

Religiosidade e Homossexualidade

Religiosidade e homossexualidade podem falar a mesma língua

4 de agosto de 2010 por Brunella França  

Como toda pessoa que escreve deve saber, quando nos deparamos com um desafio, primeiro as borboletas voam no estômago, mas depois vem aquele prazer imenso de ler, ler, ler e estudar. O desafio fica maior ainda quando esbarra nas crenças de quem escreve.

O tema desta semana nasceu do texto A ciranda de opiniões: votos evangélicos X LGBTs, publicado aqui mesmo, no ABCLes. A querida Pry John nos alertou contra o perigo – verdadeiro – da generalização quando falamos em votos evangélicos, como se eles fossem uma coisa só, unida e compacta. A Pry ainda nos ofereceu seu relato de evangélica e militante pelos direitos LGBTs (e que não é fácil ser as duas coisas – leiam os comentários aqui: http://abcles.com.br/destaques/a-ciranda-das-opinioes-votos-evangelicos-x-lgbts).
Do comentário dela, surgiu a ideia de abordar num texto os temas homossexualidade e religiões. Apesar da inicial resistência em escrever sobre religiões (super concordo com o que a opinião da Sara Lecter diz sobre o assunto), o que descobri é que as iniciativas em prol de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, travestis e transexuais dentro das tradicionais religiões judaico-cristãs existem e estão crescendo.
Isso não deveria, na verdade, ser uma grande novidade porque onde existem seres humanos, existe diversidade. Inclusive relacionada à sexualidade. E o fato que muita gente vem enxergando é que nenhum argumento religioso contra a homossexualidade sobrevive a uma análise crítica. Qualquer motivo religioso padrão não é mais do que ficção, fruto de convicções cegas. O “argumento” é muito mais uma preferência pessoal, uma posição apoiada por uma “escolha” e não por “argumentos racionais”. A religião, portanto, serve de máscara para encobrir o preconceito.
Nesse embate religiões versus LGBTs, os homossexuais são condenados por serem supostamente contra o deus judaico-cristão (hoje predominante nas religiões praticadas no Brasil) e pecadores – ou seja, somos vítimas da mesma generalização a que acometemos os evangélicos no texto sobre as eleições.
O que posso dizer após pesquisa sobre o assunto é que são muit@s @s homossexuais cristãos contemporâneos que reconhecem a sua auto-aceitação como fruto da graça de seu deus. E testemunham que, desde que se assumiram, sentem-se mais felizes, saudáveis, produtiv@s, afetuos@s, em paz, alegres, próximos de outras pessoas e do deus em que acreditam.
Então vamos a uma pequena análise do livro sagrado para os cristãos. Para todas as admoestações que fundamentalistas e papagaios de piratas (aqueles que repetem as coisas sem ter ido verificar o que era mesmo) fazem afirmando que a Bíblia condena os homossexuais, só há cinco passagens bíblicas que mencionam atos sexuais entre homens. Não há referências explícitas em relação ao sexo entre mulheres (contextualizemos a Bíblia como um livro que é contra a mulher emancipada, a igualdade jurídica, a abolição de escravatura e o casamento monogâmico). Ou seja, nem de pecadoras as lésbicas podem ser chamadas *lixa a unha*.
De acordo com investigadores contemporâneos, Jesus Cristo se preocupou muito pouco com homossexuais e há um certo número de histórias bíblicas que mostram uma grande simpatia em relação às relações próximas ou íntimas entre membros do mesmo sexo.
Um dos livros mais acessíveis a propósito da controvérsia teológica é What the Bible Really Says About Homosexuality (O que a Bíblia realmente diz sobre a homossexualidade), de Daniel Helminiak (1994), um padre católico. A obra de 119 páginas refuta definitivamente uma comum e antiga afirmação: “a Bíblia condena a homossexualidade. Está escrito”. Na realidade, o padre chega à conclusão que a verdade é justamente o oposto. Investigações bíblicas mais recentes mostram que o livro sagrado dos cristãos é basicamente indiferente em relação à homossexualidade. “A Bíblia preocupa-se somente, tal como com a heterossexualidade, com as práticas que violam outros requisitos morais”, escreve.
Também é importante chamar a atenção para o fato de a homossexualidade, e a sexualidade em geral, ser um conceito muito recente. A Bíblia, em algumas passagens, fala de atos específicos entre membros do mesmo sexo. E, pela versão do livro que chegou até os dias atuais, Jesus nunca falou realmente sobre o assunto. Os fiéis LGBTs que abraçam a Bíblia e a fé judaico-cristã como ideais de suas vidas têm a visão de que é importante realçar que todas as histórias bíblicas têm um objetivo: uma lição moral sobre a fé e a compaixão.
Duas passagens que são usadas para condenar os homossexuais masculinos são a história de Sodoma e Levítico 18, 22 e 20, 13. Durante séculos, a história de Sodoma, encontrada no livro do Gênesis, tem sido utilizada contra homossexuais, que têm sido tratados como marginais por igrejas e sociedade. “Tal opressão é exatamente o pecado que as pessoas de Sodoma cometeram”, afirma Helminiak.
As passagens do Levítico denunciam relações sexuais entre homens e o castigo apresentado é severo. Em Levítico 20,13 é dito: “Se um homem se deitar com um homem, como se deita com uma mulher, ele deve ser morto, o seu sangue deve ser derramado”. Mas há de se observar que o Livro do Levítico é sobre o Código Sagrado e os atos homossexuais condenados eram praticados em rituais de religiões pagãs, das quais os Judeus queriam se diferenciar.
“A Bíblia não toma nenhuma posição clara e direta a propósito da moralidade dos atos [homossexuais] em si ou acerca da moralidade das relações gay e lésbicas”, conclui Helminiak.
Para o teólogo, missionário e jornalista americano Thomas Hanks, “a Bíblia tem muito mais boas novas do que condenações”. Como exemplos, ele menciona o relacionamento entre Ruth e Noemi, Davi e Natanael, Cristo e o discípulo amado. “A parábola do filho pródigo também deve ser lida na perspectiva gay”, sugere.
Apontando para Romanos 13, 8-10, Hanks afirma que se houvesse amor entre as pessoas como ensinou Jesus – amar os outros como a si mesmo –, tudo estaria resolvido. Duas pessoas que se amam não estão contrariando nada. “Uma das fortes razões da homofobia reside no fato do homem homossexual ser visto como um traidor dos privilégios da superioridade do varão. Muitos pais se sentem culpados e veem como castigo de Deus o fato de terem filhos homossexuais. Também as mulheres lésbicas sofrem. E duplamente – por serem mulheres e por serem lésbicas. Não são mal vistas como traidoras, mas sim por quererem ser superiores às outras mulheres, por quererem se igualar aos homens”, observa o missionário.
No Brasil, encontrei o Pastor Victor Orellana. Nascido no Chile, criado em uma família metodista em São Paulo, ordenado pastor na Assembléia de Deus, fundou a Igreja Evangélica Acalanto, conhecida pela aceitação da homossexualidade. Ele é gay e admite sua homossexualidade publicamente (contato: outrasovelhas@hotmail.com).
Outro religioso a favor dos LGBTs é o teólogo e historiador Márcio Retamero, mestre em História Moderna pela Universidade Federal Fluminense e pastor da Comunidade Betel do Rio de Janeiro. Desde 2006, a Comunidade Betel se intitula uma Igreja Protestante Reformada e Inclusiva, que milita pela inclusão de LGBTs na Igreja Cristã. Além de exercer papel fundamental na luta pela aceitação de homossexuais na Igreja, a Betel celebra o que chama de Rito de Casamento entre pessoas do mesmo sexo, isto é, uma cerimônia onde casais gays recebem a bênção matrimonial.
E não é que o pastor conhece o mantra da tia Bru? Leiam as palavras dele: “Homossexualidade não é doença física ou psíquica. Homossexualidade não é contagiosa. Homossexualidade é orientação sexual como heterossexualidade é uma orientação sexual. Como teístas, acreditamos que a orientação sexual faz parte da diversidade da criação de Deus e tudo o que Deus criou. Neste sentido, homossexualidade é bênção de Deus e não maldição. Os que usam as Escrituras para condenarem a homossexualidade nada sabem sobre a Bíblia. A leitura deles é uma leitura literalista, mas seletiva. Além disso, outro problema grave são as traduções modernas que não são fiéis aos textos mais antigos como a Bíblia Nova Versão Internacional, dentre outras. Eles usam desonestamente termos criados no século XIX como ‘sodomitas’ ou modernos como ‘homossexuais’ para traduzirem erroneamente termos gregos como arsenokoitai e malakós, que longe estão da noção de homossexualidade como nós a entendemos nos dias de hoje. Não existe tradução bíblica não ideológica. Para mudarmos o quadro de exclusão de homossexuais nas comunidades de fé cristã, é preciso o combate às traduções ideológicas das Escrituras”.
Dentro da Igreja Católica, não achei nenhum programa/pastoral/grupo, whatever, ABERTAMENTE em prol de homossexuais, mas descobri iniciativas individuais e veladas – ou seja, sem o conhecimento do Vaticano – de padres (gays) que prestam auxílio religioso a LGBTs e às famílias destes. Na edição número 15 da revista Júnior – que traz o depoimento de quatro padres gays – padre Tiago afirma que “mais de 50% dos padres são homossexuais”. A frase que mais me marcou: “Nasci negro e gay, me fizeram cristão e me fiz padre”, padre Emanuel. (Quem quiser ler a reportagem completa, favor entrar em contato comigo por e-mail que envio as páginas escaneadas – brulf@hotmail.com).
Deixo aqui para vocês duas páginas interessantes, uma evangélica e outra católica, com bastante conteúdo sobre religiosidade e homossexaulidade, que encontrei durante a pesquisa: Gospel LGBT: homossexualidade sem preconceitos (http://gospelgay.blogspot.com/) e Diversidade Católica (http://www.diversidadecatolica.com.br/default.php).
E se você é ou conhece alguém que pratica uma religião tradicional e não tem conflitos com a homossexualidade, relate para a gente nos comentários.
(Quero justificar que não abordei neste texto o Espiritismo nem o Candomblé porque as duas religiões aceitam a homossexualidade como algo natural e celebram a uniões entre LGBTs).


Para quem quiser ler mais sobre o tema, deixo três links:
Entre a fé e o desejo. Uma reflexão sobre religião e homossexualidade no Brasilhttp://www.diversidadecatolica.com.br/opiniao_detalhes.php?id=3
Igreja e homossexualidade no Brasil: cronologia temática, 1547-2006http://www.diversidadecatolica.com.br/opiniao_detalhes.php?id=2

10 de ago. de 2010

P-A-S-S-I-V-I-D-A-D-E!

Bem, isso não é uma pergunta! Mas para não deixar passar em Branco, vou reproduzir um texto de um psicologo?



Psicólogo Pedrosa Responde: O que é ser passivo ou ativo? Ser gay é uma opção?
Por João Pedrosa* 22/1/2009 - 20:02

Como sou totalmente fora do meio GLS (gay, lésbica e simpatizante) e sou gay, gostaria de esclarecer duas dúvidas. O que é ser passivo ou ativo? Ser gay é uma opção? (Gilson - São Paulo SP)

Obrigado pelo contato. Na relação homossexual existem três padrões básicos. Os que preferem ser ativos, gostam de penetrar seu pênis no ânus dos que preferem ser penetrados, os passivos. Os versáteis são os gays que são ativos em algumas relações e passivos em outras.

Por causa da nossa cultura machista, muitos gays supervalorizam sua condição de ativo e gostam de desqualificar os passivos. Alguns homossexuais e pessoas que desconhecem a realidade do gay associam ser passivo com ser feminino, o que não é verdade. Existem muitos gays ativos que são efeminados bem como existem muitos gays passivos masculinizados. Além do uso das genitálias para fazer sexo, há muita troca de carinho nas suas relações sexuais.

Tanto os gays como as lésbicas são pessoas muito afetuosas nas suas relações. O que é homossexual? É a orientação do desejo, paixões e fantasias sexuais, para a pessoa do mesmo sexo. No caso do homossexual, seu objeto de desejo é uma pessoa do mesmo sexo. Hoje já se sabe que ser gay não é uma opção. Assim como o heterossexual não escolhe em ser ou não ser heterossexual, o mesmo acontece com o homossexual.

Existem vários fatores que determinam esta orientação, que independe da vontade das pessoas. Por isto não é uma opção. Acredita-se que fatores genéticos, ambientais e culturais influenciam na fixação da orientação. A questão se encontra em aberto. Seja feliz.

* João Pedrosa é psicólogo e autor do livro Segundo Desejo (Iglu). Envie suas dúvidas e perguntas para
Fonte: http://acapa.virgula.uol.com.br/site/noticia.asp?todos=1&codigo=6922

sai desta vida, Jesus tem um plano em sua vida

Sair dessa vida? Como só se for morrendo! So Dear, como suicídiio está totalmente fora de cogitação. Vou ser feliz, com a certeza de que aquilo que sou, é algo natural, normal que só ofende ou incomoda quem não tem segurança naquilo que é, ou naquilo que crê.

Bem isto não foi uma pergunta, então eu faço as minhas:

Você já parou pra pensar que natureza é uma obra diversa? Você já notou que há registros de comportamento homossexual não apenas entre os seres humanos?
Você sabia que o desejo sexual não é uma escolha, é algo que se descobre?
Você sabia é possível interpretar textos sagrados sem extrair deles preconceitos?
Você sabia que geneticistas identificam maiores indices de homossexualidade entre as populações muito numerosas, o que leva muitos a acreditar que esta é uma estratégia da natureza na regulação da natalidade?
Você sabia que gays podem ser pessoas comuns, levando suas vidas de maneira honesta, tal como qualquer outra?
Você sabia que há familias gays? Homens unidos há mais de 30 anos, que tem filhos de outras uniões ou ainda que adotam?
Você sabia que nos países que admitem adoção por casais do mesmo sexo as crianças destas casais são tão felizes quanto qualquer outra?

Bem, certamente não. Ou, ainda que desconfie, não parece honestamente querer saber.

9 de ago. de 2010

Justiça reconhece união estável entre homens que viveram juntos por 28 anos

Uhuuu, atóroonn quando a giustiça se mostra assim, tão friendly com os miguxos!


Juíza de Goiás reconhece união homoafetiva de casal
Por Cesar de Oliveira

O fato de o parágrafo 3º, do artigo 226 da Constituição Federal, reconhecer a união estável apenas entre homens e mulheres não exclui “diversas outras possibilidades de entidades familiares, até porque não caberia ao constituinte enumerar na Carta Magna todas as possíveis formas de constituição de entidades famliares que irão compor a nossa sociedade”. O entendimento é da juíza Sirlei Martins da Costa, da 3ª Vara de Família, Sucessões e Cível de Goiânia, que reconheceu a união homoafetiva de um casal de homens que vivem juntos há 28 anos. Cabe recurso.


A juíza mencionou também o parágrafo 4º, do artigo 226 da Constituição, para fundamentar sua posição. Segundo ela, o dispositivo evidencia que se trata de uma enumeração exemplificativa da entidade familiar. Além de duas testemunhas, o casal também utilizou fotos que comprovaram a união por 28 anos.

Para Sirlei, a falta de reconhecimento da união homoafetiva atenta contra os princípios da própria Constituição. Isso porque o artigo 3º estabelece que “é objetivo fundamental do Estado promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação". Além disso, ela lembrou que há decisões que reconhecem a união homoafetiva como verdadeira entidade familiar.

O Manual de Direito de Família, de Maria Berenice Dias, serviu para embasar o entendimento da juíza. Ela menciou na sentença o seguinte trecho: “A Constituição Federal, ao outorgar proteção à família, independentemente da celebração do casamento, vincou um novo conceito, o da entidade familiar, albergando vínculos afetivos outros. No entanto, é meracamente exemplificativo o enunciado constitucional ao fazer referência expressa somente à união estável entre um homem e uma mulher e às relações de um dos ascendentes com sua prole. O caput do artigo 226 é cláusula geral de inclusão, não sendo admissível excluir qualquer entidade que preencha os requisitos de afetividade, estabilidade e ostensibilidade".

De acordo com a juíza, “é tranquila a questão referente à possibilidade jurídica do pedido, ante os princípios fundamentais da Constituição, que vedam discriminação, inclusive quanto ao sexo“. O pedido de reconhecimento foi feito pela advogada do casal, Chyntia Barcellos.

Clique aqui para ler a íntegra da sentença.

Fonte: Consultor Jurídico

6 de ago. de 2010

A cura para o cristianismo e a homossexualidade?

Do Blog do Sakamoto

 

A cura para o cristianismo e a homossexualidade?

Vira e mexe aparecem notícias mostrando que cientistas descobriram um tratamento milagroso para reverter a homossexualidade ou que instituitos de pesquisa fundeados com recursos de organizações religiosas encontraram algum gene gay – o que seria o primeiro passo para uma “cura”. Pais aliviados dão depoimentos agradecidos, uma vez que isso mostraria que seu filho ou sua filha apenas padece de uma doença.
E se fosse o contrário? Recomendaram-me o vídeo abaixo, que ironiza a situação.
Todos têm direito a expressar sua fé, como todos deveriam ter direito de expressar sua orientação sexual, sem serem questionados. Ainda mais porque nascemos com a segunda e escolhemos a primeira. O vídeo serve como provocação para ajudar a percebermos como os argumentos pífios que usamos podem ser ridículos quando voltados contra nós mesmos.
(Esse certamente vai engrossar a campanha “Impeçam o Sakamoto de dar aula na PUC”, que estava circulando na internet pelo pessoal que defende a tradição, a família e a propriedade. Fazer o quê…)

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2 de ago. de 2010

Familias Fora do Armário

COMO VOCÊ REAGIRIA SE SEU PAI LHE CONTASSE QUE É GAY? LEIA HISTÓRIAS DE JOVENS CUJOS PAIS DECIDIRAM NÃO SE ESCONDER 

Daryan Dornelles/Folhapress
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Aléxia, 16, e seu pai, Alexandre Gaspari, 38: "Somos uma família normal" 

IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO 

Há quatro anos, Aléxia Gaspari, 16, estava no carro com seu pai, Alexandre, quando ele começou: "Olha, aquele amigo do papai não é só um amigo, entende? Ele vai morar lá em casa."
"Na hora, levei numa boa. Mas, quando vi os dois se beijando, fiquei muito mal e tive uma crise de choro. Na teoria, é fácil aceitar. Na prática, é diferente."
Com o tempo, a situação melhorou. "Hoje, somos uma família normal", diz.
Na semana do Dia dos Pais, o Folhateen conversou com jovens criados por pais que "saíram do armário".
As famílias homoafetivas ainda não figuram nas estatísticas do Brasil (os primeiros dados começaram a ser levantados ontem, no Censo 2010), mas elas existem e levantam uma questão para os adolescentes de hoje: como você reagiria se seu pai dissesse que é gay?
Flávia*, 17, por exemplo, "costumava xingar homossexuais na rua". Quando o pai e, depois, a mãe assumiram que eram gays, a garota entrou em parafuso. "Fiquei transtornada. Não conseguia acreditar. Tudo virou de pernas para o ar", lembra.
Flávia começou a culpar a mãe pelos porres que tomava. Tentou fugir de casa. E tinha vergonha de apresentar os amigos aos pais.
Ela se refugiou nas letras e começou a escrever contos.
"Amo meus pais e, quando vi que não tinha mais volta, passei a aceitá-los. Eu me coloquei no lugar deles e entendi o quanto deve ser difícil se assumir", explica.
O desafio desses jovens é aplacar, de uma vez, o ciúme e o próprio preconceito.
"O jovem pode achar que "ser gay" é uma forma de traição, e isso gera angústia", explica Ana Cláudia Bortolozzi Maia, professora de psicologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e autora do livro "Adoção por Homossexuais" (ed. Juruá). "Eles têm de entender que o pai não deixou de amá-los, só está tentando ser feliz", diz.

HORA CERTA
"Não deve ser fácil contar que é gay para o filho", diz Natália*, 15, cujo pai vive com outro homem há quatro anos. "Eu pensava: "Por que não me contou antes?". Acho que foi para me poupar."
Existe hora certa para contar? Para Bortolozzi, em geral "a criança assimila melhor esse tipo de situação do que um jovem".
E é uma boa falar sobre isso com os amigos? Matheus Mattos, 15, só contou que a mãe, Viviane, é gay para o melhor amigo. "O grupo social é importante para o jovem, mas pode ajudá-lo tanto a aceitar quanto a discriminar", diz a psicóloga.
Certa vez, um garoto xingou o pai de Aléxia na escola. Desconcertada, ela pediu conselhos ao pai, que a ajudou a lidar com a situação. "Mas isso nunca mais aconteceu. Todas as minhas amigas adoram meu pai", conta.

ADOÇÃO
No mês passado, a Argentina aprovou uma lei que permite o casamento entre homossexuais e a adoção de crianças por eles.
O Brasil está atrás dos "hermanos" na questão dos direitos dessa minoria. Nem casamento nem adoção são regulamentados por aqui. O jeito encontrado por eles foi o improviso: há 15 anos, Jorge*, 15, foi adotado por dois homens, mas foi registrado no nome de apenas um deles.
Na Câmara, o deputado Zequinha Marinho (PSC-PA) propôs uma alteração no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para proibir que casais gays adotem crianças. Sua justificativa: isso "exporá a criança a sérios constrangimentos", como não conseguir explicar aos colegas por que tem dois pais ou duas mães.
Jorge diz que nunca se importou com a orientação sexual dos pais. "Se eles se sentem felizes, por que vou me incomodar?", questiona.
Segundo Bortolozzi, ao contrário dos mitos que rondam as famílias de pais homossexuais, "a única diferença é que os jovens criados por eles tendem a ser menos preconceituosos e mais tolerantes com as diferenças".
Flávia faz o resumo da sua própria ópera: "Apesar dos maus bocados por que passamos, meu pai nunca deixou de ser meu melhor amigo. O que menos importa é se ele é gay ou se é hétero".
(*Nomes fictícios)

FICÇÃO X REALIDADE

Filmes e séries retratam jovens com pais homossexuais sem cair em estereótipos 

"AS MELHORES COISAS DO MUNDO"
No filme de Laís Bodanzky, o pai de Mano (Francisco Miguez), 15, divorcia-se da esposa e começa um relacionamento com outro homem. O garoto enfrenta piadas na escola e tem problemas para aceitar a situação

"GLEE"
Rachel (Lea Michele), estrela do coral, é filha de dois homens judeus que contrataram uma barriga de aluguel. Ela leva a situação numa boa, mas é curiosa para saber quem é sua mãe

"THE KIDS ARE ALL RIGHT"
Julianne Moore e Annette Bening formam um casal de lésbicas que tem dois filhos do mesmo doador de sêmen. Quando a irmã mais velha chega à maioridade, o caçula pede que ela procure o "pai" deles

"PATRICK 1.5"
Na Suécia, Göran (Gustaf Skarsgård) e Sven (Torkel Petersson) se preparam para a chegada do bebê adotivo. Um erro, no entanto, traz para casa Patrik, 15, homofóbico, que terá de aprender a lidar com a nova família

Fonte: Folha de São Paulo, FolhaTeen de 02/08/2010
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