31 de mar. de 2011

Abaixo-assinado pela cassação de Bolsonaro

Vamos lá galera, vamos assinar! 

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N8348

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N8366


Aff, os motivos são tantos, mas pra simplificar, segue a imagem abaixo:

Assine djá ! 

Carta aos Fundamentalistas

 
 E-mail enviado por um estudante de teologia de Boston para Laura Schlessinger, uma personalidade do rádio americano que distribui conselhos para pessoas que ligam para seu show. Em certa ocasião ela disse que a homossexualidade é uma abominação de acordo com Levíticos 18:22 e não pode ser perdoada em qualquer circunstância. O texto abaixo é uma carta aberta para Dra. Laura, escrita por um cidadão americano e também disponibilizada na Internet".


"Cara Dra. Laura,

Obrigado por ter feito tanto para educar as pessoas no que diz respeito à Lei de Deus. Eu tenho aprendido muito com seu show, e tento compartilhar o conhecimento com tantas pessoas quantas posso. Quando alguém tenta defender o homossexualismo, por exemplo, eu simplesmente o lembro que Levítico 18:22 claramente afirma que isso é uma abominação. Fim do debate. Mas eu preciso de sua ajuda, entretanto, no que diz respeito a algumas leis específicas e como seguí-las:

a) Quando eu queimo um touro no altar como sacrifício, eu sei que isso cria um odor agradável para o Senhor (Levítico 1:9). O problema são os meus vizinhos. Eles reclamam que o odor não é agradável para eles. Devo matá-los por heresia?

b) Eu gostaria de vender minha filha como escrava, como é permitido em Êxodo 21:7. Na época atual, qual você acha que seria um preço justo por ela?

c) Eu sei que não é permitido ter contato com uma mulher enquanto ela está em seu período de impureza menstrual (Levítico 15:19-24). O problema é: como eu digo isso a ela ? Eu tenho tentado, mas a maioria das mulheres toma isso como ofensa.

d) Levíticos 25:44 afirma que eu posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, se eles forem comprados de nações vizinhas. Um amigo meu diz que isso se aplica a mexicanos, mas não a canadenses. Você pode esclarecer isso? Por que eu não posso possuir canadenses?

e) Eu tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos sábados. Êxodo 35:2 claramente afirma que ele deve ser morto. Eu sou moralmente obrigado a matá-lo eu mesmo?

f) Um amigo meu acha que mesmo que comer moluscos seja uma abominação (Levítico 11:10), é uma abominação menor que a homossexualidade. Eu não concordo. Você pode esclarecer esse ponto?

g) Levíticos 21:20 afirma que eu não posso me aproximar do altar de Deus se eu tiver algum defeito na visão. Eu admito que uso óculos para ler. A minha visão tem mesmo que ser 100%, ou pode-se dar um jeitinho?

h) A maioria dos meus amigos homens apara a barba, inclusive o cabelo das têmporas, mesmo que isso seja expressamente proibido em Levíticos 19:27. Como eles devem morrer?

i) Eu sei que tocar a pele de um porco morto me faz impuro (Levítico 11:6-8), mas eu posso jogar futebol americano se usar luvas? (as bolas de futebol americano são feitas com pele de porco)

j) Meu tio tem uma fazenda. Ele viola Levítico 19:19 plantando dois tipos diferentes de vegetais no mesmo campo. Sua esposa também viola Levítico 19:19, porque usa roupas feitas de dois tipos diferentes de tecido (algodão e poliester). Ele também tende a xingar e blasfemar muito. É realmente necessário que eu chame toda a cidade para apedrejá-los( Levítico 24:10-16)? Nós não poderíamos simplesmente queimá-los em uma cerimônia privada, como deve ser feito com as pessoas que mantêm relações sexuais com seu sogros (Levítico 20:14)? Eu sei que você estudou essas coisas a fundo, então estou confiante que possa ajudar.

Obrigado novamente por nos lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável.

Seu discípulo e fã ardoroso."

25 de mar. de 2011

Heterossexuais conservadores



Mensagens importantchs

Aih genty! Postaram uns comments aqui no bluóg que me sentchi na obreeegação de deevoolgar! Então amigues, ficadica:

Convite a todos moradores de Campos:
No sábado 26/03/11, haverá uma manifestação da população e dos aprovados do PSF. Venha participar você também! É hora de exigirmos a valorização da Saúde em Campos e cobrar a ativação de todos PSFs!
Lema da Manifestação: PSF CAMPOS – Necessidade da população e Direito dos concursados!
Local: no CRTCA Henrique Oliveira (perto do Exército)
Horário: a partir das 8:30hs

 Pois é gentem, mó sacanagi esse lance de não chamarem a galera do concurso do PSF. A desculpa é tosca - como habitualmente são toscas todas as desculpas desse governuó - Roseeenha disse que a prefeitura naum tem aqué (Risos!).
Haja Elza pra tirar esse aqué todo! 

Olá, blogueiro!
A melhor prevenção é a informação e usando a camisinha, todos curtem melhor a vida e sem preocupação.
Homens e mulheres, de qualquer idade, orientação sexual ou classe social são vulneráveis ao vírus HIV e a outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Obrigado por divulgar informações e conscientizar mais pessoas sobre as formas de contágio e prevenção de DSTs. A camisinha é segura e a maior aliada nesse combate. Ela é distribuída gratuitamente na rede pública de saúde.
Curta a vida. Sexo, só se for com camisinha, senão não dá! Com amor, paixão ou só sexo mesmo. Use sempre!
Para mais informações: http://www.camisinhaeuvou.com.br/, http://www.aids.gov.br ou http://www.formspring.me/minsaude
Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/minsaude
Atenciosamente,
Ministério da Saúde.

 Asho Dygno, asho bafho! A tia aqui sempre explica pras noveeenhas; "sabendo usar não vai faltar". Não há bofe mara ou cafuçu do bem que valha o reeesco de fofar sem camiseeeenha, viu!


24 de mar. de 2011

Padre Jesuíta defende: Diversidade Sexual e Igreja, um diálogo possível


Luis Corrêa Lima, Padre, formado em Filosofia e Teologia, Mestre  e Doutor em História

 Fonte: Site Amai-vos



Ao analisar a forma como a Igreja aborda temas como a diversidade sexual, o padre jesuíta Luís Corrêa Lima disse, na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line, que “nós só podemos saber o que a Palavra de Deus significa para nós hoje, e que implicações ela tem, com um suficiente conhecimento da realidade atual, que inclui a visibilização da população LGBT”. Ele relembra uma carta do Vaticano aos bispos, do ano de 1986, mencionando que “nenhum ser humano é mero homossexual ou heterossexual. Ele é, acima de tudo, criatura de Deus e destinatário de Sua graça, que o torna filho Seu e herdeiro da vida eterna”.

O pesquisador destaca, ainda, uma declaração do Papa Bento XVI, dizendo que o cristianismo não é um conjunto de proibições, mas uma opção positiva”. Segundo ele, o Papa acrescentou “que é muito importante evidenciarmos isso novamente, porque essa consciência hoje quase desapareceu completamente. É muito bom que um Papa tenha reconhecido isto. Há no cristianismo uma tradição multissecular de insistência na proibição, no pecado, na culpa, na condenação e no medo”.

Corrêa Lima frisa que não cabe “encaminhar os gays a terapias de reversão ou a ‘orações de cura’, que frequentemente são formas escamoteadas de exorcismo. No diálogo ecumênico e inter-religioso da Igreja, recomenda-se conhecer o outro como ele quer ser conhecido, e estimá-lo como ele quer ser estimado. O conhecimento e a estima recíprocos são também o melhor caminho para o diálogo entre a Igreja e o mundo gay”.

E completa: “O grande desafio da diversidade sexual é fazer-se compreender pela sociedade, não como uma ameaça, mas como uma pluralidade existente na condição humana que enriquece o mundo. No fundo, as pessoas querem ser elas mesmas, reconhecidas e aceitas pelos outros”.

Formado em Administração, Filosofia e Teologia, Luís Corrêa Lima também é mestre em História Social da Cultura pela PUC-Rio, onde é professor desde 2004, e doutor em História pela Universidade de Brasília – UnB. É autor de Teologia de Mercado – uma visão da economia mundial no tempo em que os economistas eram teólogos (Bauru: EDUSC, 2001).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Qual é a importância de a Igreja abordar temas como a diversidade sexual, nos dias de hoje?

Luís Corrêa Lima – A diversidade sexual é um dado da realidade. No passado, gays, lésbicas e bissexuais viviam no anonimato ou à margem da sociedade. Escondiam-se em uniões heterossexuais e, quando muito, formavam guetos. Hoje, tornam-se visíveis, fazem imensas paradas, junto com travestis e transexuais, exigem respeito e reconhecimento, e reivindicam direitos.

Para a Igreja, a lei de toda a evangelização é pregar a Palavra de Deus de maneira adaptada à realidade dos povos, como lembra o Concílio Vaticano II (Gaudium et Spes, nº 44). Deve haver um intercâmbio vivo e permanente entre a Igreja e as diversas culturas dos diferentes povos. Para viabilizar este intercâmbio – sobretudo hoje, em que tudo muda tão rapidamente, e os modos de pensar variam tanto – ela necessita da ajuda dos que conhecem bem a realidade atual, sejam eles crentes ou não. O laicato, a hierarquia e os teólogos, prossegue o Concílio, precisam saber ouvir e interpretar as várias linguagens ou sinais do nosso tempo, para avaliá-las adequadamente à luz da Palavra de Deus, de modo que a Revelação divina seja melhor compreendida e apresentada de um modo conveniente.

A correta evangelização, portanto, é uma estrada de duas mãos, do intercâmbio entre a Igreja e as culturas contemporâneas. Nós só podemos saber o que a Palavra de Deus significa para nós hoje, e que implicações ela tem, com um suficiente conhecimento da realidade atual, que inclui a visibilização da população LGBT.

IHU On-Line – Que elementos de discussão a diversidade sexual propõe para setores da sociedade como a família, a igreja e a escola? Quais são os desafios no que se refere à cidadania?

Luís Corrêa Lima – Por muitos séculos, o homoerotismo foi visto no Ocidente como um pecado nefando (que não deve nem ser nomeado) e como um crime gravíssimo que atrai o castigo divino para a sociedade. Igreja e Estado estiveram unidos. Tribunais eclesiásticos julgavam os acusados de “sodomia”, e os culpados eram entregues ao poder civil para serem punidos. Em casos extremos, a punição chegava à pena de morte.

O homoerotismo foi descriminalizado, e a condição homossexual foi despatologizada. Desde o final do século XX, esta condição não é mais considerada doença. Atualmente o Conselho Federal de Psicologia proíbe as terapias de reversão. Ou seja, algumas pessoas são homossexuais e o serão por toda vida. Elas estão em toda parte. Quem não é gay, tem parentes próximos ou distantes que são, bem como vizinhos ou colegas de trabalho que também são, manifesta ou veladamente. Eles compõem a sociedade, visibilizam-se cada vez mais e não aceitam mais serem tratados como doentes ou criaturas abomináveis. Querem ser cidadãos plenos, com os mesmos direitos e deveres dos demais.

IHU On-Line – O que a fé cristã, na sua opinião, tem a dizer sobre a diversidade sexual?

Luís Corrêa Lima – O mais importante é algo que foi dito numa carta do Vaticano aos bispos, em 1986: nenhum ser humano é mero homossexual ou heterossexual. Ele é, acima de tudo, criatura de Deus e destinatário de Sua graça, que o torna filho Seu e herdeiro da vida eterna. E acrescenta que toda violência física ou verbal contra é deplorável, merecendo a condenação dos pastores da Igreja onde quer que se verifiquem. A oposição doutrinária que possa haver às práticas homoeróticas não elimina esta dignidade fundamental do ser humano. Deus criou a todos. O Cristo veio para todos e oferece o seu jugo leve e o seu fardo suave. Cabe a nós, com fidelidade criativa, conhecermos e darmos a conhecer estes dons divinos.

IHU On-Line – Como a Igreja, a partir da fé e das ciências, pode dialogar com a diversidade sexual?

Luís Corrêa Lima – Certa vez o Papa Bento XVI afirmou que o cristianismo não é um conjunto de proibições, mas uma opção positiva. E acrescentou que é muito importante evidenciarmos isso novamente, porque essa consciência hoje quase desapareceu completamente. É muito bom que um Papa tenha reconhecido isto. Há no cristianismo uma tradição multissecular de insistência na proibição, no pecado, na culpa, na condenação e no medo. O historiador Jean Delumeau fala de uma “pastoral do medo”, que com veemência culpabiliza e a ameaça de condenação para obter a conversão. Isto não se deu somente no passado distante. Também no presente, alguns interpretam a doutrina da maneira mais restritiva e condenatória possíveis, com obsessão pelo pecado, sobretudo ligado a sexo.

Sem a obsessão pelo pecado, o caminho do diálogo se abre. É preciso também respeitar a autonomia das ciências e da sociedade, como determina o Concílio. Não cabe hoje encaminhar os gays a terapias de reversão ou a “orações de cura”, que frequentemente são formas escamoteadas de exorcismo. No diálogo ecumênico e inter-religioso da Igreja, recomenda-se conhecer o outro como ele quer ser conhecido, e estimá-lo como ele quer ser estimado. O conhecimento e a estima recíprocos são também o melhor caminho para o diálogo entre a Igreja e o mundo gay.

IHU On-Line – A Igreja, no Brasil, tem, por meio de publicações, cursos, seminários, proposto o diálogo sobre a diversidade sexual. O que isso significa? Há aí um interesse legítimo dos diversos membros da Igreja, ou esta é uma necessidade da Igreja de se inserir em um novo contexto contemporâneo, em que gays e lésbicas ganham mais espaço? Como interpreta a posição da Igreja nesse contexto?

Luís Corrêa Lima – Constata-se que há no Brasil várias publicações, e de qualidade, sobre diversidade sexual feitas por religiosos ou por editoras católicas. Também há cursos e mesas redondas. Pode-se notar que o interesse é crescente, afinal o contexto da sociedade é inevitável. Em vários ambientes católicos, sejam paróquias, escolas ou centros de pastoral, pode-se tratar do assunto com liberdade. De um modo geral, as eventuais resistências não são barreiras intransponíveis.

IHU On-Line – Os homossexuais já conquistaram o direito de manterem uma união estável no Brasil. Como avalia a luta pela cidadania religiosa no Brasil?

Luís Corrêa Lima – Na verdade, há decisões judiciais que favorecem os conviventes homoafetivos, bem como normas de instituições públicas e privadas no mesmo sentido. Casais homossexuais podem obter em cartório um documento declaratório de convivência homoafetiva. Recentemente o Imposto de Renda e os planos de saúde contemplam estes casais com os mesmos direitos dos casais heterossexuais em união estável. Sobre a cidadania religiosa, nos ambientes religiosos católicos, de um modo geral, muitos gays estão presentes mas não manifestam a sua condição para evitar discriminação. É algo semelhante à escola e ao mundo do trabalho.

IHU On-Line – O que podemos entender por diversidade sexual? Quais os principais desafios da diversidade sexual?

Luís Corrêa Lima – A visibilização dos homossexuais, e a sua organização como movimento social, já usou diversas siglas: Gay (termo anterior a homossexual, que evoca alegria e autoestima), MHB (Movimento Homossexual Brasileiro), HSH (Homens que fazem sexo com homens – sigla ainda utilizada em saúde pública), GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes – sigla adotada pelo mercado) e LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a mais recente. Há tendências de se acrescentar o ‘I’, de intersexual, para os hermafroditas. O termo diversidade sexual é uma maneira de englobar esta crescente pluralidade, embora com imprecisão.

O grande desafio da diversidade sexual é fazer-se compreender pela sociedade, não como uma ameaça, mas como uma pluralidade existente na condição humana que enriquece o mundo. No fundo, as pessoas querem ser elas mesmas, reconhecidas e aceitas pelos outros.

IHU On-Line – Como o senhor avalia o posicionamento da Igreja em relação à diversidade sexual na sociedade contemporânea?

Luís Corrêa Lima – A Igreja, antes de tudo, está alicerçada na milenar tradição judaico-cristã, ao mesmo tempo em que está presente em diversas partes do mundo, interagindo com a cultura ocidental moderna e com culturas não ocidentais. No judaísmo antigo, acreditava-se que o homem e a mulher foram criados um para o outro, para se unirem e procriarem. O homoerotismo era considerado uma abominação. Israel devia se distinguir das outras nações de várias maneiras, inclusive pela proibição do homoerotismo. A Igreja herdou esta visão antropológica com sua interdição.

Alguns conteúdos doutrinais mudam ao longo dos séculos, como é o caso da legitimidade da escravidão e da proibição do empréstimo a juros. Isto mostra que eles não comprometem o núcleo da fé. Outros conteúdos também podem mudar, mas não há como prever. De qualquer maneira, a consciência individual tem um peso decisivo em questões complexas como esta. Este papel não deve ser omitido ou subestimado. O Concílio reconheceu o direito de a pessoa agir segundo a norma reta da sua consciência, e o dever de não agir contra ela. Nela está o “sacrário da pessoa”, onde Deus está presente e se manifesta. A fidelidade à consciência une os cristãos e os outros homens no dever de buscar a verdade, e de nela resolver os problemas morais que surgem na vida individual e social (Gaudium et Spes, nº 16). Nenhuma palavra externa substitui o juízo e a reflexão da própria consciência.

IHU On-Line – Entre os evangélicos também há discordância em relação à homossexualidade. Entretanto, qual sua opinião sobre a Igreja Cristã Contemporânea, coordenada pelo casal de pastores homossexuais Fábio Inácio de Souza e Marcos Gladstone?

Luís Corrêa Lima – Entre os evangélicos, a oposição à homossexualidade em geral é mais intensa, com práticas frequentes de exorcismo para expulsar o demônio que supostamente toma conta da pessoa. Os que continuam a cometer atos homossexuais são muitas vezes expulsos de suas igrejas, ou sofrem um assédio moral devastador que os faz sair. Como o mundo protestante é fragmentado em diversas denominações, gays evangélicos fundaram igrejas inclusivas para acolherem crentes repelidos por suas igrejas de origem.

As igrejas inclusivas nasceram nos Estados Unidos, na ampla constelação do movimento gay. A Igreja Cristã Contemporânea é um rebento brasileiro com notável difusão no Rio de Janeiro. Os pastores Fábio e Marcos protagonizaram o primeiro casamento público entre dois pastores gays, com grande repercussão na mídia, muita simpatia da militância LGBT e forte execração dos evangélicos tradicionais.

IHU On-Line – Quais são, no seu entendimento, as razões que dificultam o consentimento das religiões aos homossexuais?

Luís Corrêa Lima – As grandes religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e islamismo – enraízam-se em tradições milenares consignadas em textos sagrados antigos, situados em horizontes socioculturais bem diferentes do nosso. Estas religiões se vincularam a uma suposta heterossexualidade universal, expressa no imperativo “crescei-vos e multiplicai-vos’” do livro de Gênesis. Por outro lado, há religiões de matrizes africanas que aceitam os gays. Na verdade, a heterossexualidade não é universal, nem na espécie humana, nem entre os animais. No mundo animal, já se conhecem atualmente mais de 450 espécies com indivíduos homossexuais.

Certa vez um rabino disse que a tradição não é um bastão de uma corrida de revezamento. O bastão é sempre mesmo, passando de mão em mão. A imagem correta da tradição é uma casa em que vivem sucessivas gerações. Cada uma delas pode dar o seu toque peculiar e até fazer reformas internas. Mas a casa é sempre reconhecível por quem passa na rua. Assim é a tradição: um legado vivo, constantemente enriquecido para ser fiel a si mesmo. O teólogo Yvez Congar afirmou que a única maneira de se dizer a mesma em um contexto que mudou, é dizê-la de modo diferente. A mensagem cristã precisa se reinventar sempre se quiser ser Boa Nova.

IHU On-Line – As uniões homoafetivas representam uma ameaça à tradição?

Luís Corrêa Lima – Não, pelo contrário. A união entre o homem e a mulher conserva seu valor e função social, e permanece como sinal bíblico do amor entre o Senhor e o seu povo eleito, e do amor entre Cristo e a Igreja. As uniões homoafetivas não ameaçam as uniões heterossexuais, pois estes não são gays enrustidos prestes a debandarem diante da possibilidade de união homossexual. E nem os gays têm obrigação de se “curarem” e de se casarem com pessoas de outro sexo. Até porque, para o direito eclesiástico, este casamento é nulo. Uniões gays e uniões heterossexuais são de naturezas distintas e não concorrem entre si.

Um documento do Vaticano de 2003, sobre o reconhecimento civil da união entre pessoas do mesmo sexo, fez severa oposição à equiparação ou equivalência desta forma de união àquela entre homem e mulher. No entanto, ele afirma que, mesmo assim, podem-se reconhecer direitos decorrentes da convivência homossexual. Este é um passo muito importante. Se não houver nenhum reconhecimento social ou proteção legal às uniões gays, o preconceito homofóbico difuso na sociedade vai pressionar os gays a contraírem uniões heterossexuais. O que já acontece há séculos continuará acontecendo. É lastimável, pois isto traz enorme sofrimento a muitas pessoas.

IHU On-Line – O que deve fazer parte de uma reflexão moral sobre o amor homossexual?

Luís Corrêa Lima – Antes de tudo, a vocação fundamental do ser humano é amar e ser amado. O amor é a plenitude da lei e da vida em Cristo. E o próprio Cristo ensina que a lei foi feita para o homem, e não o homem para a lei. Para a reflexão moral, convém escutar a Palavra de Deus e buscar uma teologia que supere a leitura ao pé da letra; e que leve em conta a Tradição, o ensinamento da Igreja, os sinais dos tempos e os saberes seculares.

A moral não deve se limitar ao ideal, mas deve estar atenta ao possível, à situação em que cada um se encontra e aos passos que pode dar. O papa tratou recentemente do uso da camisinha, e afirmou que em algumas circunstâncias ele representa o primeiro passo para uma humanização da sexualidade. É preciso buscar sempre os caminhos de humanização.

IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?

Luís Corrêa Lima – Sim. Jesus afirmou que há eunucos de nascença, eunucos feitos pelos homens e eunucos que assim se fizeram pelo Reino dos Céus (Mt 19,12). Esta frase, um tanto estranha, tem um sentido literal e um sentido não literal. No caso de eunucos feitos pelos homens, trata-se de castração. No caso de eunucos pelo Reino dos Céus, trata-se do próprio Jesus e dos que renunciaram ao casamento para se dedicarem inteiramente à obra de Deus. Não há propriamente castração. E quem são os “eunucos de nascença”? Para os primeiros leitores do Evangelho, talvez fossem pessoas com um defeito físico que impossibilita o casamento. Mas para nós, hoje, é indispensável considerar aqueles que por natureza, em razão de sua libido, não se destinam ao casamento tradicional. São os gays. Eles têm seu lugar no plano divino. E também devem tê-lo na sociedade e na Igreja

22 de mar. de 2011

o que acontece nestas festas?

Que feshtas? As festchinhas que anoooncio por aquee?
Ah, tchipo, rola uma babado bem básico, muito cafús, muitas monas, muito batchi cabelo, muito aquendação, viu!

Vai, confere, se não gostar, pelo menos passou a coooriosidadche!

que dia é hoje

Hojy é dya 22 de março de 2011!

vc morreu? o site morreu? parou pq?

Menina, Morry de tanto trabalho. Cruzes, nem sobra tempo pra atender os bofes, ou para reshponder as mensagens carinhuósas que recebo por aquee! Preciso de um cafú pra me ajudar com essa bagaça, viu.
Se candjidata ?

Cherry, boa noite. Estou chegando em Campos em viajem (21/03/11 por 4 dias. Me explique melhor como chegar à essas saunas GAY. Se tiver nome de rua e assim por diante, agradeço. Beijos Danny

Tisch, tisch, tisch... Se você estah perguntando isso, é pq não me segue no twitter, já mostrei o babado todo po lá, viu!


Bem, mas como sou compreensiva com a galera da lanhouse que inda está em processo de incloosão digeetal , faz o segueinte, visita esse link:
http://bit.ly/f4jzi9 ,
e por feeem, esse aqui, você vai ter os endereços e tudo mais!
http://bit.ly/hHEpL6



16 de mar. de 2011

Meu buraco é rosinha !

Gentem! Meu suónho vai se realishar! Na Noitche do dia 18 de março, e nem eh Natal! 
Criaram uma mega campanha para peeentar todos os buracos de Campos de rosinha!!!
Ou seja, a cidade toda! Uma enorme Planície Rosa! Eike looosssho ! 
 
É claro que eu naum ia feecar de fora desse proteshto babadeiro!
A idéia foi divulgada pelas amigues do Estou procurando o que fazer!
Ashei bafo, ashei, dygno, amei!
dinheiro no buraco
 
 
 
 
Enquanto a Prefeita tem outros planos para os buracos da cidade…
















buraco 


…a gente deisha os buracos muitos mais lymdos alegres e rosados! Simples assim!







Pode pintar com pincel, spray, esmalthci de unha, vale tudo! 
Ah, kedizê, só num serve o Bleach, neáh. Afeeenal, o buraco não é exatamentchi esse… rs …

Bleach
PS. Não sabe o que é Bleach? Aff, depois explico! Mas primeiro pinta os buracos de rosa tá!

Lembre-se amigue, pegue aquela Cal, aquele corante xadrez, aquele spray, aquele colorau e na noite do dia 18/03 é rosinha no buraco! 

Pegação e Elza no Carnaval do Farol!

 Nhaí gentem, ufah, nem dá pra acreditar que sobrevivi a essa loucooora de carnaval, néah...
Atrás da lona no Farol, enquanto pegação comia (ui!) solta, Elza atacava todas!  Uma Loucooora!
Sentchi soh, a aneeemação do carnaval!

Bafão né!
Mas a ediverção naum pára por aqui!
Me eshbaldei! Sençooooalizei toodo

Nhaí, e você amigue, chootou o balde nesse carnaval tb?
 Mas tchipo, agora é hora de recomeçar!
Entaum, isso aqui naum é sauna, mas vamos com todo vapuór!

4 de mar. de 2011

Rosinha: Quantas mulheres existem nessa mulher?

Esse Jabá saiu no Jornal “Manhia dji saúde
legião
Eike meda! Só consigo ver essa matéria e orar, pensando no seguinte:
“Então Jesus lhe perguntou: "Qual é o seu nome? " "Meu nome é Legião", respondeu ele, "porque somos muitos”. (Marcos 5:9)
Só falta saber quando os “espíritos de porcos” vão se jogar do paraíba, néah…

3 de mar. de 2011

Vídeo hilário e imperdível: Pastor desmente ex-homossexual “curado”.

Asseeemmm, sei que é controvertido, mas, particulamentchi goshtei da poshtura do pastor Caio Fábio. Ashei coerente, ashei digno, ashei bafo!
Isso sem falar que noooonca, em nenhoooom outro momentcho vocês viram um pastor dizendo:
“Honestamente me diga se esse furingolingo não pisca de vez em quando”
Rashei venu esses veeedeeeo!

e conteeenoouua!

 
Via Celso Dossi
 
Não é o máximo!
PS: Naaauuumm é todo dya que agentchi um Pastor, néah …

Carnaval sem Homofobia no Rio de Janeiro

Rio fará campanha de combate à homofobia durante o carnaval

Haverá distribuição de panfletos, campanha na TV e internet, além da instalação de um posto de atendimento
02 de março de 2011 | 16h 35
Agência Brasil
RIO - Pela primeira vez durante um carnaval, a capital fluminense fará uma campanha de combate à homofobia. Haverá distribuição de panfletos, campanha na televisão e na internet, além da instalação de um posto de atendimento com profissionais de assistência social. A iniciativa, da prefeitura do Rio, será desenvolvida pela Coordenadoria de Diversidade Sexual.
A ideia é informar os cidadãos sobre doenças sexualmente transmissíveis e orientar sobre direitos civis. Um dos objetivos da coordenadoria, instância ligada ao gabinete do prefeito, Eduardo Paes, é esclarecer sobre uma lei que assegura a liberdade de manifestações públicas de carinho, por exemplo.
"O que vale para um casal heterossexual vale para um casal homossexual", disse o coordenador Carlos Tufvesson. "O beijo entre duas pessoas do mesmo sexo não é diferente enquanto manifestação de carinho de um beijo entre duas pessoas do sexo oposto", acrescentou o estilista, durante lançamento da campanha, nesta quarta-feira, 2.
Folhetos foram escritos em português e em inglês - já que a cidade foi eleita o melhor destino gay do mundo - e informam sobre um e-mail para o encaminhamento de denúncias e pedido de informações. Os panfletos começarão a ser distribuídos no próximo sábado, 5, em tradicionais pontos de folia gays como Copacabana e Ipanema, na zona sul e em Madureira, na zona norte.
Paralelamente, a coordenadoria instalará na Praça General Osório, em Ipanema, um posto móvel que funcionará das 14h às 24h tirando dúvidas dos foliões sobre a lei de combate à discriminação em locais públicos e orientando sobre procedimentos para denúncias em casos de homofobia.
A campanha publicitária na internet e na televisão está prevista para começar amanhã (3), com vídeos de celebridades pedindo "tolerância zero a qualquer tipo de preconceito", reforçou Tufvesson, ao minimizar a menor representação de lésbicas e travestis nas peças publicitárias.
"Os vídeos foram produzidos em cima da hora. Contactamos as pessoas às pressas. Algumas puderam ir, outras não. Todas [as categorias] estão conosco em alma e espírito. Jamais excluiríamos ninguém", disse o coordenador especial.
Para orientar os foliões sobre os direitos civis e protegê-los de qualquer ação discriminatória, a Guarda Municipal recebeu treinamento da Coordenadoria de Diversidade Sexual.

2 de mar. de 2011

Suicídio de um menino gay

A Ignorância é vizinha da maldade…
Desculpe, me faltam palavras, vejam o vídeo, é curtinho, dois minutos que falam mais do que horas de discurso.

1 de mar. de 2011

Gays e religiões: Uma explicação pessoal

bíblia e os lgbts
Adoro quando recebo comentários no blog. Afinal, ele existe para estimular debates, trocar opiniões, em embora eu ande precisando de colaboradores, as coisas estão caminhando.
Enfim, já que viverei em Campos, quem sabe esse não se torna um veículo para ajudar a tornar os ares desta planície mais “arejados”.

carlos
Tudo bem que, pelo que pude entender, Carlos não leu, ou ao menos não se preocupou em rebater os argumentos do Pastor mencionado na postagem.
Ah, sim, o que eu respondi ao Carlos?
resposta1 
Obrigado pelo comentário “cristão”... Não tenho dúvida de que esse espírito de humildade, de tolerância, de respeito ao próximo e a opinião alheia deve ser o que você bem aprendeu na Igreja que freqüenta, ou deve freqüentar.

Sabe, eu tive uma professora de religião, no Liceu, D. Vilma, que pensava exatamente como você, ela dizia que gays deveriam se suicidar. Um conselho realmente muito cristão. 

Muitos gays também não gostam quando neste blog eu faço comentários sobre religião, preferem tratar esse assunto como algo desimportante, algo a ser desprezado, por certo, em retorno ao todo desprezo que recebem das mais diversas demonizações, ops, digo, denominações religiosas. 

Mas ainda assim eu considero importante, não que eu me considere evangélico, ou católico – embora tenha me formado religiosamente no catolicismo, chegando a dar aulas de catolicismo.

Por muito tempo tentei lutar contra o que eu sentia, até mesmo de formas agressivas, sabe. Quando eu me sentia excitado eu rezava, e se não desse certo segurava o pênis estrangulando-o até a excitação parar. 

Mas tanta coisa aconteceu em minha vida, e o tempo vai mudando nossas convicções. Perdi minha família e por muito tempo achei que “Deus” – se é que existia – tinha se esquecido de mim. Nesse momento me permiti a viver, namorei, praticamente casei, conheci muita gente legal, honesta, digna, generosa, humilde, levando à sério à máxima de que “consideramos justa toda forma de amor”. 

Por outro lado, passei a achar que o ateísmo não era resposta para nada. Não que eu busque em “Deus” respostas, mas ele me ajuda a pensar que não sou assim tão dono do meu destino e que preciso ter humildade diante do mundo e do próximo que, nada mais são senão expressões desse “Deus” cuja vontade nunca nos é plenamente revelada. 

Não levo muita fé nas religiões. Religiões, instituições humanas que são, movem-se por paixões e desejos tão humanos quanto seus integrantes. Embora considere que religiões conduzidas com responsabioidade possam levar o ser humano desenvolvimento sadio da espiritualidade. Embora isto se torne cada vez raro. 
O que prevalece não é a interioração, a reflexão, mas o show midiático, a busca de sensações... nesse ponto não há muita diferença entre diversos cultos e jogos de futebol, por exemplo.

Mas, ainda assim, acredito na religiosidade, na relação com o transcendente, com aquilo que a razão a ciência não irão nos responder, e essencialmente na aceitação da finitude da vida. 

Você menciona que este pastor é apenas um em um milhão. Mas será que argumento “numérico” conta? Quando Cristo foi crucificado, quantos no meio da multidão discordaram? Aliás, não será o próprio cristo alguém que ousou discordar da multidão?


Bem, acrescentando à resposta:
De fato, a relação que as pessoas estabelecem com suas religiões e com o próprio sentimento religioso, é evidentemente confusa, mormente quando o discurso teológico dominante lança mão, de forma recorrente, de dicotomias entre o corpo e alma, entre a razão a e a emoção, acreditando que nós, humanos que somos, temos que fazer escolhas entre estes extremos.
Tive D. Vilma que no Liceu dizia para nos suicidarmos – confesso que em alguns momentos esta me pareceu ser uma “solução viável”. Mas também já pude ver as coisas com outros olhos.
Noutra oportunidade, aqui em Campos, recentemente, assisti uma missa em que o Padre, um monsenhor, já bastante experiente, dizia o seguinte:
“As pessoas vem no confessionário me dizer que pecaram contra a carne. Aí eu pergunto, como assim meu filho? Aí elas vem descrevendo: “mão nisso, mão naquilo, boca não sei onde…” E eu digo, pára!
Meu filho, você trata bem seus pais? Trata bem seus irmãos? Trata bem o porteiro do seu prédio? Aí ele responde: “Sim Padre, eu trato”. Aí eu respondo: Então nao se preocupe, Deus tem mais o que fazer!
Ao final, esse velho padre, que com essas palavras ganhou minha enorme simpatia, disse:
“Ora, se entre os dons que recebemos de Deus, está o corpo que possúímos, o uso que dele fizermos, que não nos agrida, que não agrida nem prejudique ao próximo, não é pecado”.
Ok, eu sei que este discurso está longe de ser o predominante em que qualquer religão cristã, e por outro lado, estou certo que somente um padre com longa experiência teria a coragem de colocar as coisas em tais termos. Mas também tenho certeza que este não é um pensamento isolado. Então mesmo sabendo que esta é uma opnião “minoritária”, acredito que ela é melhoriatária. É mais cristã, mais justa, mais inclusiva.
Aliás, vocês já repararam que é mais fácil encontrar padres mais velhos e experientes com opniões mais liberais e menos preconceituosas, do que padres novos com o mesmo discurso? Será o receio de se imiscuir em polêmicas, ou será que esta é uma geração mais conservadora e recalcada?
Bem amigos, por enquanto é isso.
Um grande abraço,
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