Aqueee... vou liberar a socióloga, psicóloga,sexóloga, teóloga, que ecziste em meeemm??
Bem, é possível afirmar que todas as sociedades possuem seus preconceitos. Aliás, quem de nós não os tem, não é verdade?
Com o tempo, muitos preconceitos são deixados de lado (o que não significa que outros não existam ou sejam criados).
Os preconceitos não podem ser explicados por uma única causa, mas creio que, no caso da homofobia, algumas de suas origens podem ser identificadas sem muita dificuldade.
Inicialmente, diversas tradições religiosas, especialmente no ocidente, construíram modelos teológicos baseados em dicotomias, corpo/alma, puro/impuro, bem/mal... e, com o propósito de impor uma disciplina específica à vida dos sujeitos, passaram a ser condenadas todas as formas de prazer sexual que não fossem chanceladas pelas instituições religiosas, na forma do casamento.
Há muito tempo as sociedades deixaram de lado os dogmas e interdições religiosos com relação ao sexo, a questão da homosseuxualidade é apenas mais um episódio na história da repressão sexual derivada de tradições religiosas.
Por outro lado, até mesmo uma certa perspectiva de ciência, nos séculos XVIII e XIX, contribuiu para o preconceito à medida que pretendeu discriminar alguns comportamentos como normais ou patológicos. Do século XIX até meados do século XX ainda se usava a expressão "homossexualismo" para se identificar um "transtorno" psicológico que conduzia as pessoas a tais práticas.
Com o passar do tempo, o conhecimento científico permitiu notar que a sexualidade humana não é um "fruto do meio" ou apenas determinada por razões biológicas e, em toda a natureza, a inúmeras espécies em que, assim como a humana, há homossexualidade.
A ciência hoje tende a considerar que os dois fatores são importantes. De um lado há tendências inatas, de outro, estas tendências só podem se manifestar nas relações do sujeito com os demais.
De uma forma ou de outra, quer se tratem de fatores biológicos, quer se tratem de questões comportamentais, nenhuma concepção de sociedade justa pode negar direitos e dignidade a qualquer pessoa que viva sua vida sem prejudicar qualquer outro.
Por mais que possamos considerar estranho, por mais que não compartilhemos das mesmas idéias, gostos, emoções, não podemos, em uma sociedade que se pretenda minimamente justa, negar aos sujeitos respeito e dignidade.
Todavia, esse ideal de respeito e dignidade também esbarra no conflito entre modelos "de identidade". Com efeito, quanto menos estabelecida a identidade do sujeito, mais este se incomoda com aquilo que diverge das concepções de vida que o sujeito tem para si. É como se, para alguns sujeitos, a principal - senão única - forma de se afirmarem, de dizerem o que são, é através da negação daquilo - e daqueles - que consideram diferentes.
Isto é algo que dificilmente será eliminado da história humanidade, sempre existirão sujeitos que para se afirmar, negarão o outro. O máximo que podemos fazer, é impor limites ao comportamento intolerante, exigindo, ao menos nos termos da lei, o respeito a alguns direitos fundamentais. Esse é o grande embate de nossos dias.
Bem, é possível afirmar que todas as sociedades possuem seus preconceitos. Aliás, quem de nós não os tem, não é verdade?
Com o tempo, muitos preconceitos são deixados de lado (o que não significa que outros não existam ou sejam criados).
Os preconceitos não podem ser explicados por uma única causa, mas creio que, no caso da homofobia, algumas de suas origens podem ser identificadas sem muita dificuldade.
Inicialmente, diversas tradições religiosas, especialmente no ocidente, construíram modelos teológicos baseados em dicotomias, corpo/alma, puro/impuro, bem/mal... e, com o propósito de impor uma disciplina específica à vida dos sujeitos, passaram a ser condenadas todas as formas de prazer sexual que não fossem chanceladas pelas instituições religiosas, na forma do casamento.
Há muito tempo as sociedades deixaram de lado os dogmas e interdições religiosos com relação ao sexo, a questão da homosseuxualidade é apenas mais um episódio na história da repressão sexual derivada de tradições religiosas.
Por outro lado, até mesmo uma certa perspectiva de ciência, nos séculos XVIII e XIX, contribuiu para o preconceito à medida que pretendeu discriminar alguns comportamentos como normais ou patológicos. Do século XIX até meados do século XX ainda se usava a expressão "homossexualismo" para se identificar um "transtorno" psicológico que conduzia as pessoas a tais práticas.
Com o passar do tempo, o conhecimento científico permitiu notar que a sexualidade humana não é um "fruto do meio" ou apenas determinada por razões biológicas e, em toda a natureza, a inúmeras espécies em que, assim como a humana, há homossexualidade.
A ciência hoje tende a considerar que os dois fatores são importantes. De um lado há tendências inatas, de outro, estas tendências só podem se manifestar nas relações do sujeito com os demais.
De uma forma ou de outra, quer se tratem de fatores biológicos, quer se tratem de questões comportamentais, nenhuma concepção de sociedade justa pode negar direitos e dignidade a qualquer pessoa que viva sua vida sem prejudicar qualquer outro.
Por mais que possamos considerar estranho, por mais que não compartilhemos das mesmas idéias, gostos, emoções, não podemos, em uma sociedade que se pretenda minimamente justa, negar aos sujeitos respeito e dignidade.
Todavia, esse ideal de respeito e dignidade também esbarra no conflito entre modelos "de identidade". Com efeito, quanto menos estabelecida a identidade do sujeito, mais este se incomoda com aquilo que diverge das concepções de vida que o sujeito tem para si. É como se, para alguns sujeitos, a principal - senão única - forma de se afirmarem, de dizerem o que são, é através da negação daquilo - e daqueles - que consideram diferentes.
Isto é algo que dificilmente será eliminado da história humanidade, sempre existirão sujeitos que para se afirmar, negarão o outro. O máximo que podemos fazer, é impor limites ao comportamento intolerante, exigindo, ao menos nos termos da lei, o respeito a alguns direitos fundamentais. Esse é o grande embate de nossos dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fala que eu te escuto: