Gente, segue um brevíssimo retrospecto de alguns bafos desse Anoos, as oferendas que a gente quer que voltem para o mar!
A chuca do ano começou bem, estávamos em plena virada, quando a Boris Cacura, cheia de preconceito e mágoa nos brinda com uma ofensa aos garis:
"Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho.”
Mas como não há nada que não possa piorar, há outras pérolas, que não poderiam ficar fora das chucas no anus!
Em fevereiro, na Globo, Marcelo Dourado, entre outras afirmações imbecis e homofóbicas afirmou que “Homem hétero não pega AIDS”, que quebraria os dedos da participante lésbica Morango. O participante gerou uma onda homofóbica na internet sob o manto de uma suposta heterofobia, e em apoio às suas declarações surgiram manifestações pelo “orgulho hétero”, que incluíam comunidades no Orkut que pregavam o “estupro corretivo” de lésbicas.
Mas não é só entre antas de reality show que os preconceitos mais grosseiros se disseminam. Na culta e intelectualizada USP, o Jornal universitário, “O Parasita”, convocou os estudantes a jogarem fezes em homossexuais em troca de convite para uma festa
A ignorância e o preconceito também inunda essa planície. No mês de maio, Em busca de votos, Anthony Garotinho do PR, faz discurso homofóbico em evento evangélico, no Rio de Janeiro. Além de taxar a homossexualidade de anti-natural e contrária à vontade de Deus, usou disso para combater políticos, como o governador Sergio Cabral, que defendem causas LGBT. Mas essa chuca nos já tinhamos mencionado aqui no blog.
A chuca no Estado do Rio de Janeiro não para por aí, em Junho, o deputado estadual Eduardo Cunha do PMDB-RJ propõe projeto de lei reacionário que criminaliza a discriminação de heterossexuais como o “direito de ser normal”. E propõe o dia do ´orgulho hétero’. A pergunta que fica, alguém já foi discriminado por ser hétero? Algum casal já foi agredido ou ofendido na rua por conta disso?
Essa babaquice já foi tratada aqui no blog também.
Pois é, enquanto o nobre deputado age assim, continuam as mortes por homofobia. Ainda em junho, Alexandre Ivo Rajão, 14 anos, foi torturado e morto. Os assassinos continuam soltos. A mãe de Alexandre luta por justiça. Essa notícia já vimos aqui.
De forma fantasiosa e preconceituosa a Revista VEJA lança uma matéria falando de um Brasil de de classe média, onde supostamente não existe mais preconceito(oi?). Por conta disso, detona com a toda militância em torno de Direitos para gays, afimando que esta é desnecessária e ninguém mais quer ou precisa levantar bandeiras políticas. Basta que as pessoas sejam educadas para que o preconceito seja vencido
Curiosamente, poucos meses depois, um amigo de José Serra, Reinaldo Azevedo, um dos colunistas mais reacionários desta revista, que já se notabiliza por seu conteúdo de ultra-direita, afirma que no Brasil não existe Homofobia e que o projeto de lei que a combate é uma excrescência nazista. Aff...
Enquanto isso, um conselheiro escolar nos EUA defendeu o suicídio de jovens gays com a justificativa de que pecadores devem se matar por conta de seus pecados.
Em agosto, que desgosto: Tentando “corrigir” as ações de um menino que, supostamente, agia como menina, um homem mata a criança: Um homem de 20 anos que trabalhava como babá provocou a morte de um menino de apenas 17 meses dos EUA. O motivo? A criança estaria agindo como uma menina. Pedro Jones, morador de Long Island, gerou revolta na população local ao confessar que matou o pequeno Roy A., de quem estava cuidando, para tentar "fazer com que ele se comportasse como um menino, e não como uma garotinha".
De acordo com a polícia, o criminoso deu vários socos no bebê e o agarrou pelo pescoço. A vítima chegou a ser levada ao hospital, mas morreu depois de sofrer parada cardíaca.
Enquanto isso, na TV, as novelas seguiram com gays fazendo papéis estereotipados, assexuados, pois nem há demonstrações de afeto, isso quando não terminam virando héteros.
No meio das bizarrizes causadas pelo preconceito contra gays, o Ilustrissimo Pastor Silas Malafaia continua em sua cruzada de combate aos infiéis. Na mais absoluta falta do que fazer, decide espalhar outdoors pelo Estado do Rio de Janeiro em que afirma que que os gays são uma ameaça à perpetuação da espécie (oi?). Será ignorância ou ma-fé mesmo?
Mas quando achávamos que nada pior em matéria de preconceitos poderia surgir, eis que José Serra, no vale tudo da campanha eleitoral, transforma a eleição em guerra santa e busca aliados juntos aos grupos mais reacionários, num trupe que incluía de monarquistas, TFPs entre outros. Aí foram levantadas todas as bandeiras do conservadorismo, o que incluiu a negociação com alguns grupos religiosos, do veto á ao projeto de lei que combate a homofobia. Em Campos, com o apoio de Garotinho, foram distribuídos os mais diversos panfletos e adesivos de cunho difamatório contra a campanha de Dilma. Bem, ao que tudo indica deve existir castigo divino pra quem usa do nome de Deus para semear o ódio.
Para terminar nosso ano, o Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), exibindo toda sua ignorância, truculência e desrespeito com a diferença Eim uma manifestação de tom claramente totalitário em termos de sexualidade humana, por não admitir que as pessoas LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) tenham a si atribuída a mesma dignidade conferida às pessoas heterossexuais, declarou que os pais deveriam bater em seus filhos (!) se os mesmos demonstrassem tendências homossexuais…
Eis as palavras homofóbicas do deputado: “O filho começa a ficar assim, meio gayzinho leva um coro, ele muda o comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem” (sic).
PS: Bolsonaro é o mesmo que defende a Ditadura Militar, combate Direitos humanos, é contra as investigações sobre os desaparecidos no regime militar, contra até a busca dos corpos daqueles que foram mortos.
E aí quem merece a chuca do ano? Vamos devolver pro mar essas oferendas?
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